sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O que são blogs ?

Para entender o que é um blog, vamos explicar a palavra weblog, a qual é resultante de duas outras da língua inglesa. A palavra web é utilizada para abreviar www (World Wide Web), sendo dela derivada. Já a palavra log indica registro. Por sua vez, weblog, registros na web.
Para analisar os blogs, é necessário ter em mente como são caracterizados. Primeiramente, eles dispõem de ordem cronológica da informação, exibindo em primeiro lugar os textos postados em data mais recente. Nesse universo usa-se a palavra postar para indicar a colocação da informação na rede. Um post, como é chamado pelos blogueiros o resultado do ato de postar, é uma atualização ou a alimentação de alguma informação no blog.
Além da exposição da informação em ordem cronológica, elas são colocadas no ar através de blocos. Para a construção de um blog, encontram-se templates6 prontos, que devem ser seguidos pelos usuários. Isso é o que facilita a vida de internautas que desconhecem linguagens de programação para a web. Diz-se que a interface é simplificada, uma vez que a disposição do conteúdo é padrão para todos aqueles que criam um blog através de uma ferramenta servidora de weblog.
(...) weblogs possuem uma estrutura-padrão, um formato específico, com algumas variáveis, e por isso são facilmente reconhecíveis na internet. Tal estrutura é determinada por um conjunto de blocos de conteúdo textual e/ou imagético permanentemente renovado. Os weblogs são ainda organizados em função do tempo, ou seja, com as últimas atualizações na parte superior do sítio e as mais antigas logo abaixo, organizadas de acordo com a data de publicação do bloco de texto, privilegiando a atualização mais recente, permitindo que o visitante saiba quando ou se o sítio fora atualizado. (SILVA, 2003, p. 21)
Como explicado, os blogs são construídos desde que um servidor ou uma ferramenta disponibilize o serviço. Como é o caso dos servidores brasileiros, Blogger, Weblogger, Blig.
Estas ferramentas facilitam, ao usuário, a criação e manutenção de um blog. Assim, torna-se fácil reconhecer a que servidor o blog, pertence, uma vez que os endereços eletrônicos URL7 são derivados daquele. Porém, nem todos os usuários que possuem blogs usam estas ferramentas. internautas mais experientes e com domínio de programação na internet podem optar por criar a sua própria ferramenta de blog. Além disso, os blogs podem ser atualizados diariamente, quinzenalmente, ou, até mesmo, a toda hora, sem padrão específico.
Os weblogs são baseados em mecanismos que facilitam a colocação de um website no ar. Geralmente possuem layouts prontos e dispensam a necessidade de que o blogueiro saiba a linguagem HTML, principal problema para a colocação de conteúdo na Web. A maioria dos weblogs é baseada também nos princípios de microconteúdo (textos curtos, com as informações relevantes, colocados de modo padrão - em blocos - no site, denominados posts), e atualização freqüente (geralmente, diária. Em alguns casos, os weblogs são atualizados várias vezes ao dia). (RECUERO, 2003, p. 1)
Entre as características marcantes dos blogs estão os links e os espaços para comentários dos visitantes. Boa parte dos blogs contém links para outros blogs, que, em sua maioria, publicam assuntos correlatos, formando uma espécie de corrente.
Por vivência na própria internet, construindo, renovando e visitando blogs é que se torna possível manter um “ciclo de visitas”. Geralmente, um blogueiro visita outros blogs, deixando comentários e indicando o endereço de sua página. Assim, fortifica-se e se mantém um “ciclo de visitação”.
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Autora:
Aleta Tereza Dreves
Monografia apresentada como requisito parcial à conclusão do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, da Faculdade de Pato Branco – FADEP.

Classificação dos weblogs ou blogs


Após entendermos o que é blog, podemos demonstrar algumas das classificações existentes que diferenciam os blogs de websites ou homepages.
Quando se cria um blog, em qualquer servidor, o blogueiro tem duas variantes de estrutura a sua disposição. Ele restringe a alimentação de conteúdo apenas para si ou pode deixar que outras pessoas participem do seu blog, desde que autorizadas previamente. Essas possibilidades são oferecidas, pela maioria das ferramentas de blogs. Adotamos essas variantes como indicadores das “classificações primárias” (SILVA, 2003):
a) blogs individuais: somente o autor do blog pode postar conteúdo, tendo toda a autonomia sobre o blog;
b) blogs coletivos: vários autores têm acesso à ferramenta para postar conteúdos, sendo determinado pelo criador do blog a autonomia dos usuários. Eles podem ser usuários administradores, com permissão para alterar todo o blog, inclusive seu layout e demais configurações; ou, apenas usuários convidados. Através desta última opção, só é autorizado o post de conteúdos ou edição do próprio conteúdo, ficando vedado a alteração de posts realizados por outros usuários.
SILVA (2003) também adota nas “categorias primárias” a distinção entre blogs temáticos ou livres:
a) blogs temáticos
Produzido individualmente ou em grupos, este tipo de weblog é concebido com base em um tema específico ou numa área de interesse em comum. (...) Uma subdivisão dos weblogs temáticos é denominada K-logs (knowledge weblogs), que são as páginas compostas por informações e temas específicos, voltados para grupos de interesse. Nesta categoria, podemos incluir weblogs com propósitos educacionais e pedagógicos, jornalísticos, entre outros. (SILVA, 2003, p.59)
b) blogs livres
Como o próprio nome sugere, são publicações que não procuram se deter em um único tema, por se tratarem de formas livres de anotações, que podem incluir criação literária, comentários sobre o que se passa na cabeça do autor, críticas, fofocas, atualização de notícias, diários, entre outros. (SILVA, 2003, p. 61)
Abaixo das “classificações primárias” está a de conteúdo, defendida por RECUERO (2003). Segundo a própria autora, esta, assim como outras classificações a fim de compreenderem as muitas faces dos blogs já nasceram mortas, pois o conteúdo dos blogs é extremamente mutável.
Weblogs Diários – São os weblogs que se referenciam principalmente à vida pessoal do autor. O seu objetivo não é trazer informações ou discuti-las mas,simplesmente, relatar fatos cotidianos, como um diário pessoal.
Weblogs Publicações – São weblogs que se destinam principalmente a trazer informação de modo opinativo. Buscam principalmente o debate e o comentário. Alguns possuem um tema central, outros tratam de generalidades.
Weblogs Literários – São os weblogs destinados ou a contar uma história ficcional ou, simplesmente, ser um conjunto de crônicas ou poesias com ambições literárias.
Weblogs Clippings – São os weblogs que simplesmente se destinam a ser um apanhado de links ou recortes de outras publicações, com o objetivo de filtrar a informação publicada em outros lugares.
Weblogs Mistos – São aqueles que efetivamente misturam posts pessoais e posts informativos, com notícias,dicas e comentários de acordo com o gosto e opinião pessoal do autor. (RECUERO, 2003, on-line)






Autora:
Aleta Tereza Dreves
Monografia apresentada como requisito parcial à conclusão do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, da Faculdade de Pato Branco – FADEP.


2011 : ano decisivo para as mídias sociais.


Compartilhe esta notícia: Li em um site (Freshnetworks.com) que 2011 será o ano em que as mídias sociais tirarão uma folga. Bem, é difícil acreditar nisto, mas uma coisa é verdade: este é o ano em que haverá mudanças para as agências de mídia social e para as marcas. Um artigo recente do jornalista Tim Sanders realmente nos força a pensar nas estratégias de mídias sociais.

O texto é bem provocativo e o conteúdo do post, em essência, excelente. A matéria foi baseada, por sua vez, em um comentário do chairman da Coca Cola em Nairobi, Chris Kirubi: "Você não precisa de estratégias de mídias sociais - você precisa de estratégias de marca que aproveitem as redes sociais. Não se livre da estratégia convencional apenas porque há um novo canal de comunicação - é assim que se perde a noção de marca. Tecnologia é o rabo, não o cão".

Como você pode imaginar, tal afirmação causou comoção no meio da social media, com seus consultores e analistas irados e enumerando, de forma enfática, a razão de sua existência e a importância de suas profissões. É claro que os consultores e analistas de mídias sociais são, de fato, importantes nos dias de hoje. Mas, ao invés de toda a histeria que se seguiu à afirmação de Kirubi, o que estes profissionais deveriam dizer é que tudo, inclusive as mídias sociais, dá retorno aos objetivos das empresas e às estratégias de marca. E, mais importante: agrega valor à companhia.

O time de estratégia de qualquer negócio tem como objetivo analisar como as mídias sociais podem ser usadas para contribuir na dinâmica da empresa. O que faz com que este time seja essencial para uma companhia é o fato de que muitos dos seus membros vêm de diferentes áreas de trabalho, com diferentes backgrounds, diferentes visões, especialidades e experiências.

Tudo isso ajuda na hora de se chegar ao cerne de como e porque as mídias sociais podem ser usadas em diferentes funções dentro de uma empresa. Por colocar em prática todo este conhecimento de forma pragmática, o conselho especializado legitima a profissão de consultor e analista de mídias sociais.

Há alguns aspectos que devemos considerar quando pensamos em como as mídias sociais podem ser usadas para ir ao encontro dos objetivos das empresas. A chave deste processo é seguir três áreas:

Análise:
entender o porquê de você querer usar as mídias sociais, o que já está sendo posto em prática, o que seus consumidores querem e quais os recursos já estão disponíveis em sua empresa.

Escolha de estratégia: depois de levar em conta toda informação colhida em sua análise, o próximo passo é considerar quais ferramentas e conceitos produzirão melhores resultados para sua companhia.

Implementação estratégica: mídia social não é apenas de uma boa ideia ou campanha - trata-se tanto de uma mudança cultural como de uma tecnológica. Esta implementação requer um planejamento apropriado que garanta que a estratégia que você escolheu seja executada de forma que esteja em sincronia com o restante de sua empresa.

Atualmente, a maioria das companhias ou já tentou usar as redes sociais por conta própria ou procurou por agências especializadas para ajudá-las. Desta maneira, estes comércios e organizações estão bem mais informados a respeito do valor desta nova ferramenta de comunicação e saberão quando o que lhes é oferecido não passa de enganação.

Como resultado, os oportunistas "gurus das mídias sociais" simplesmente desaparecerão? Tomara. E haverá um mercado para quem realmente entende de mídias sociais? Claro que sim! Na verdade, 2011 será o ano em que as empresas saberão distinguir entre os dois e escolher o melhor. E nada de folga!

Por Cláudia Valls, analista de mídias sociais e colaboradora do iDigo
Texto publicado no Portal ADNEWS em 03/02/2011

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Comunicação Integrada, como entregar?

No mundo atual, o acesso e a velocidade da informação via internet, mídias sociais, blogs etc causaram uma verdadeira falta de atenção. Somos bombardeados com tantos inputs simultâneos que, na maioria das vezes, ao invés de lermos ou assistirmos a notícias, vídeos, comentários, editoriais, apenas passamos os olhos, “scaneamos” montanhas de informações, sem nos fixarmos às mensagens.

Em resumo: vivemos uma rotina de muita dispersão e pouca retenção.

Atenção real virou valor. Captar o consumidor, o leitor, o jornalista, cada stakeholder, é tarefa das mais difíceis. Isso só acontece se a comunicação se destacar, oferecendo realmente algo de novo, de inédito, com qualidade e em tempo integral. Porque a diferenciação entre concorrentes já não se dá mais por preço ou produto ou serviço na maioria das vezes, mas pela capacidade de entender as expectativas e demandas de seus públicos-alvo e interagir com eles, trocando informações e, com base nisso, desenvolvendo inovações que geram relevância.

Neste novo cenário, não há mais lealdade. Centenas de novos mercados convivem e todos os públicos recebem e produzem informação. É uma mudança de atitude e de valores, onde quem domina a mensagem não é mais quem a produz, mas quem a consome, como receptor e emissor ao mesmo tempo.

Para ocupar espaço, respeito e admiração nas mentes e corações dos stakeholders neste panorama, as corporações precisam se comunicar de forma cada vez mais transparente, criativa e integrada. Usando em conjunto ferramentas, mídias e ações que os envolvam e construam credibilidade e reputação, engajamento e liderança qualificada, além de promover resultados positivos e o sucesso dos negócios.

Muitas empresas do mercado prometem entregar essa comunicação integrada a seus clientes. Mas poucas são bem sucedidas, porque o desafio é imenso.

Trabalhar com profissionais antenados, que combinem diferentes competências, habilidades e pontos de vista, que pensem fora da caixa, que consigam inovar através de canais não tradicionais que se complementam como numa cadeia, conversando entre si, é o caminho óbvio. Assessoria de imprensa, marketing experiencial (eventos, ações de relacionamento), comunicação interna, monitoramento e intervenção nas mídias sociais, ações com blogueiros, tudo isso e muito mais pode ser mixado para agregar valor à imagem do cliente, seu produto, seu serviço.

Mas é preciso ir além. É essencial estabelecer, junto com esse cliente, qual é a promessa, a essência dessa marca/produto/serviço, aquilo pelo qual a empresa quer realmente ser lembrada e pelo qual ela estabelece uma conexão tão forte com seu target que cria um vínculo com ele que o faz voltar. É esta promessa que deve permear fortemente toda e qualquer comunicação integrada, ajudando a conquistar credibilidade e lembrança, por todas as vias possíveis.

Um bom exemplo dessa promessa de marca é o da rede de cafeterias americana Starbucks cujo “mantra” é “We’re not in the coffee business; we are in the people business serving coffee “. Para a Starbucks, as pessoas - sempre elas em primeiro lugar - são o foco do negócio, e sua missão é atendê-las com a máxima excelência, gerando satisfação e awareness. Ah, sim, servindo-lhes café.

Entregar comunicação integrada não é fácil. E o primeiro passo para chegar lá depende também de pessoas: com um planejamento conjunto entre cliente e agência, os resultados certamente virão. Com cafezinho ou não.



Escrito por Rosana Monteiro e Vania Ciorlia, diretora executiva da Ketchum Estratégia, responsável pela área de Comunicação Integrada.

Texto publicado no portal Aberje em 04/10/2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O ABC da comunicação corporativa (parte 2)

Para tentar dar alguma luz a quem atua em comunicação corporativa, continuo aqui o meu pequeno dicionário. Agora de L a R.

L
Literatura - Além dos livros técnicos e dos milhares de jornais, revistas e sites que somos obrigados a ler diariamente, instrumentos fundamentais para o desenvolvimento do trabalho, nada melhor do que novos e antigos autores para enriquecer vocabulário, aprimorar escrita, abrir horizontes e relaxar um pouco. Acredito que somente livros absolutamente imprescindíveis devam permanecer na estante. Faça a roda girar, "esqueça" um livro por aí de vez em quando para alguém pegar. Doe e leia livros, faz bem à alma e à cultura geral.

M
Mailing - Mandar tudo para todos não faz sentido. O segredo é depurar o mailing e fazer uma comunicação dirigida. Enviar informações de gastronomia para quem cobre a área de Negócios, por exemplo, é o maior tiro no pé. Irrita o jornalista, que fica com caixa de e-mails lotada de assuntos sem interesse. "Perder" tempo para criar uma boa lista de contatos significa "ganhar" resultados no futuro. Cuide de seu mailing com muito carinho.

N
Normas - Seguir normas e padrões ajuda muito. Além de facilitar o trabalho, sem criar armaduras, colabora também para criar a sua imagem e da empresa. Vale para tudo: padrões de assinatura dos e-mails da equipe, determinação da postura dos funcionários, normas de escrita etc. É um processo, não termina nunca.

O
Ouvido - Utilize essa parte do seu corpo que, não por acaso, fica próximo ao cérebro. Aprenda que ouvir é mais importante, muitas vezes, do que falar. Dê uma pausa no seu discurso inteligente na frente do cliente para saber o que ele deseja, o que o jornalista busca, o que os outros esperam de você. Ouvir é uma arte.

P
Planejamento - Para apresentar um plano de comunicação é preciso conhecer a fundo o cliente. Muita gente pensa que o assessor vai tirar o coelho da cartola e apresentar a solução ideal após um briefing de meia hora. A comunicação precisa estar alinhada com o planejamento estratégico da empresa, com definições claras de metas, objetivos e visão de longo prazo.

Q
Q. I. (Quem indica) - Se quiser alcançar sucesso profissional - como empresário ou funcionário - recomendo começar a circular por aí para criar um excelente network. Vá a eventos diversos, faça cursos na área ou fora dela, conheça e reveja pessoas no mundo físico e virtual. Muito difícil conquistar um cliente apenas batendo na sua porta. O que funciona mesmo é o Q.I., a indicação de outra pessoa. Nosso maior avalista é aquele que fala bem da gente.

R
Release - Dizem que vai acabar e se tornará um instrumento para poucas ocasiões. Por enquanto ainda é bastante utilizado. Se for para escrever superficialidades, melhor não enviar. O duro é fazer o cliente entender isso. Mas se ele lhe contratou é porque você é o especialista no assunto. Bata o pé até gastar a sola. Relevância também começa com R e poderia estar nesta lista.



* Lucia Faria é jornalista, pós-graduada na Universidade de São Paulo (USP) em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, comanda desde 2002 sua própria agência, a Lucia Faria Inteligência em Comunicação.

Texto publicado no Portal Imprensa, em 24/09/2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como tornar sua empresa referência em sua área de atuação?

Meriellin Albuquerque*

O volume de informação despejado nos consumidores rotineiramente tem se tornado um entrave na busca pela consolidação de marcas e empresas. São redes sociais, celulares, e-mails, site, blogs, jornais, revistas, televisão, rádio, mídias indoor, entre vários outros meios que não nos deixam desligar. Mas, como despertar o interesse de leitores ou futuros consumidores? As palavras de ordem são relevância e criatividade em forma de conteúdo, independente do segmento de atuação.

Se fôssemos descrever em uma fórmula seria: inspiração, dedicação e exercício contínuo para identificar o diferente. Quais seriam algumas das possibilidades para comunicar a marca? Cada negócio tem sua estratégia e sempre é possível se destacar e, de repente, tornar-se referência. Mostrar os conhecimentos que sua empresa tem sobre a área em que atua, o contínuo aperfeiçoamento dos profissionais, novas tendências, cases, novas tecnologias incorporadas, produzir informação que acrescente à vida dos leitores são algumas dicas para se destacar dos concorrentes. E, acredite você ou não, muitos consumidores de informação estão interessados em saber e, o melhor, compartilhá-las.

E nessa hora de compartilhar informações sobre sua empresa, nada de egoísmo. As pessoas identificam valores em empresas que não vendem apenas um remédio, por exemplo, mas que oferecem saúde e bem-estar ou, então, uma escola ou universidade que apresente mais que seu conteúdo de ensino, mas que possibilite o crescimento intelectual. Os leitores reconhecem quando recebem informações relevantes e, com certeza, a compartilharão também seja em uma mesa de bar, por e-mail ou por uma rede social. É só pensar: “Você já passou algum anúncio para um amigo?” Com certeza, esta prática não é comum, mas, agora, notícias, pesquisas e artigos são diariamente repassados. O mesmo acontece com várias pessoas que dividem informações.

A necessidade de se comunicar na área empresarial se tornou essencial às empresas que buscam construir uma marca com base sólida e que desejam realizar contínuas conquistas. Uma prova disso vem do Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação – 2009/2010, lançado recentemente pela Mega Brasil, que apresenta em 2009 um crescimento estimado em 19,5% das empresas deste setor, enquanto o faturamento para este ano vai além dos R$ 1,2 bilhão.

Seja para fixar a marca, ou, mesmo, para dar mais visibilidade a algum evento ou ação da empresa é necessário criar estratégias de comunicação eficazes. Relevância e criatividade na comunicação implicam diretamente em credibilidade para a marca e a referência como inovadora. Com estes atributos, conquista-se mais mídia espontânea e mais pontos de contato com apelos interessantes aos seus stakeholders.

O conteúdo deve gerar sempre algum atributo com o qual queira vincular a sua marca e, como toda estratégia, a linguagem deverá ser condizente com seu público: quais os hábitos de leitura (quais meios e quando lê), o que se pretende comunicar, entre outros detalhes.

As ferramentas, que costumam contribuir e gerar relevância para marcas são muitas, entre elas: assessoria de imprensa, desenvolvimento de revista customizada ou jornal da própria marca, redes sociais. São ações que trazem mais que anúncios ou promoções, informam e posicionam marcas e empresas de maneira diferenciada. É com este tom de responsabilidade e de desapego que empresas deverão se precaver e anteceder os fatos, caso queiram se fixar como referência de qualquer que seja o nicho explorado.

*Meriellin Albuquerque, jornalista, especialista em marketing e diretora de planejamento da Ato Z Comunicação, agência especializada em desenvolvimento de conteúdos, estratégias e assessoria de imprensa.

Artigo publicado no portal Promowiew, em 1º/08/2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O ABC da comunicação corporativa (parte 1)


Há muitos dicionários corporativos disponíveis por aí. Em geral, bons e instrutivos. Quem quiser leitura séria, vai achar nas melhores livrarias do País. Mas eu também queria criar o meu pequeno dicionário para falar dos bastidores da comunicação. Afinal, o making of de um filme publicitário algumas vezes é mais interessante do que a propaganda em si. Por isso, sempre me preocupo em demonstrar o que acontece no dia a dia do nosso trabalho. É assim no blogda minha agência, nos temas dos artigos aqui publicados e nas conversas cotidianas com outros profissionais do setor. Para quem quer entender um pouco mais o nosso trabalho, vou listar alguns pontos importantes do abecedário da comunicação.

A
Abacaxi - Essa é a fruta que você precisa aprender a descascar quando atua em comunicação corporativa. O assessor de comunicação é um intermediário entre a empresa e seus vários públicos. E, como tal, é muito comum ser chamado para apagar incêndios, quando deveria estar envolvido em todo o processo desde o início. Mas não conte com isso. Os abacaxis surgem de todo o lado, a qualquer momento, indiscriminadamente. Quanto mais ferramentas você tiver disponível, menos trabalhoso e mais saboroso ele será.

B
Burocracia - Difícil lidar com essa palavra, mas tem horas em que não há jeito. Um pouco de planilha não faz mal a ninguém, embora seja definitivamente chata. Tem coisa mais cansativa do que fazer relatórios? São processos burocráticos, mas importantes para prestar contas das atividades. Da próxima vez em que elaborar seu relatório mensal, pense que o cliente terá em mãos um documento de análise de todo seu esforço. E os resultados compõem o nosso melhor cartão de visitas.

C
Cliente - Um sujeito que lhe contratou cheio de esperanças. Depositou em você todas as expectativas possíveis, como se agora os problemas de comunicação dele estivessem resolvidos. Alguns não entendem seus limites, até onde o assessor conseguirá chegar dentro da empresa e junto aos jornalistas também. Faça o possível, logo de cara, para explicar direitinho. Seja bastante claro desde o começo para evitar desencontros futuros.

D
Derrapada - Quem nunca cometeu deslize jogue a primeira pedra (não, caro leitor Ahmadinejad, você não vale). O melhor nesses casos é assumir o erro e, eticamente, achar uma maneira de consertar o problema. Nada que uma conversa franca e honesta entre as partes não resolva. Fundamental é o respeito mútuo. Por mais técnicas e conhecimentos que o assessor possua, ele não é um ser supremo. Aliás, se achar que é, fuja dele.

E
E-mail - Excelente instrumento de comunicação, mas nada ainda substitui o contato pessoal. Estamos nos tornando virtuais demais, amparados por uma máquina 24 horas por dia. Ouvir a voz do cliente no telefone, trocar ideias durante um almoço, falar da vida e dos rumos do País são essenciais para quem quer estabelecer uma relação duradoura.

F
Follow-Up - Uma ingrata missão que todo mundo odeia, mas que tem de fazer assim mesmo. Significa que não adianta mandar e-mail ao jornalista com uma sugestão de pauta muito legal e exclusiva. Ele vai deletar a mensagem sem ler, é quase certo. Então, o jeito é pegar o telefone e ligar mesmo. No entanto, alguns jornalistas atualmente nem telefone atendem mais na redação, cansados de receber ligação de tantos assessores. Se ele não lê e-mail e não atende telefone, melhor procurar outro veículo para oferecer a pauta. Sinal de fumaça a gente ainda não sabe fazer.

G
Gente - Nosso trabalho consiste, basicamente, em ouvir pessoas: funcionários, jornalistas, comunidade, formadores de opinião, entre tantos outros públicos (agora também chamados de stakeholders em todo o território nacional). Os gestores de comunicação precisam estabelecer diálogos. E para isso é fundamental, em primeiro lugar, aprender a ouvir.

H
Holofote - Acho que foi Heródoto Barbeiro quem escreveu num livro que holofote perto demais queima. Se não for textualmente isso, é quase. Quem já travou relacionamento profissional com alguns assessores de celebridades e de políticos sabe que, muitos, se acham mais importantes que o rei. Fazem exigências mil, dizem que o cliente não quer isso ou aquilo, travam uma guerra de nervos com os jornalistas. Depois, a celebridade chega e deixa todo mundo encantado. Topa tudo, nunca diz não, atende a todas as demandas com sorriso e bom humor. Das duas, uma: ou ele contratou um cão de guarda para fazer o trabalho sujo e ele posar como bonzinho ou o assessor subiu no salto alto.

I
Informação - Matéria-prima de nosso trabalho. Quem trabalha dentro da empresa ainda consegue mais sucesso para arrancar informações dos gestores. O fornecedor externo, no entanto, costuma sofrer um pouco mais. Pior mesmo é quando o cliente passa apenas "meia verdade" aos assessores, deixando escondido na gaveta a real versão dos fatos. A saída é sempre a confiança mútua.

J
Job - Serviço temporário que deve custar o dobro do preço de um trabalho fixo e permanente. Isso porque demanda um esforço enorme, muitas vezes com ampliação da equipe, para alcançar resultado em curto prazo. Duro é fazer o cliente entender isso e desembolsar uma verba mais polpuda.

K
Know how - Bastante comum os diversos gestores de uma empresa darem pitacos no nosso trabalho. Afinal, todo mundo "entende" de comunicação, sabe o que é bom para a empresa, acha que basta pegar o telefone e convocar a imprensa para anunciar sua nova campanha publicitária. Para se impor frente ao cliente é preciso demonstrar segurança e conhecimento profundo.




Texto de Lucia Faria, publicado em 17/09/2010 no Portal Imprensa